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O NASCIMENTO DA ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL

 O primeiro documento oficial para formação de escolas públicas que se tem notícia, foi o Decreto de 1º de março de 1823, elaborado pelo Ministro João Vieira de Carvalho.

Cria uma escola de primeiras letras, pelo método mútuo para instrução das corporações militares: Convindo promover a instrução a uma classe tão distinta dos meus súditos, qual a da corporação militar, e achando-se geralmente recebido o método de ensino mútuo, pela felicidade e precisão com que desenvolve o espírito, e o prepara para aquisição de novas e mais transcendentes idéias; hei por bem mandar criar nesta corte uma escola de primeiras letras, na qual se ensinará pelo método de ensino mútuo, sendo em benefício não somente dos militares do exército, mas de todas as classes dos meus súditos que queiram aproveitar-se de tão vantajoso estabelecimento. João Vieira de Carvalho, do meu Conselho de Estado, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra, o tenha assim entendido, e faça expedir as ordens necessárias.

Paço, 12 de março de 1823, 2º da Independência e do Império.

Com a rubrica de Sua Majestade e Imperador, João Vieira de Carvalho (REILY, 2003, p.91-92).

Evidentemente, a escola criada no início do Império, não mencionou quem seria os professores. Se fosse seguir a lógica do regime de padroado, bem como a hegemonia exercida pela Igreja, a educação nessa escola seria do clero católico. Simplesmente a lei silenciou neste desiderato. Dada a influência dos liberais do Império, é perfeitamente salutar dizer que esta medida já começa com um distanciamento da religião oficial. Ademais, os professores não precisavam fazer juramento à religião oficial e nem à Constituição do Império.

A Igreja, notando a brecha da lei, logo reagiu, articulando com força política para que a educação voltasse aos seus auspícios. Conseqüentemente surgiu a lei de 15 de outubro de 1827.

Manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império:

D. Pedro I, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos que a Assembléia Geral decretou, e nós queremos a lei seguinte:

Art.1º Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverá as escolas de primeiras letras que forem necessárias.

[...] Art.4º As escolas serão de ensino mútuo nas capitais das províncias; e o serão também nas cidades, vilas e lugares populosos delas, em que for possível estabelecer-se.

[...] Art.6º Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria, a gramática da língua nacional, e os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos; preferindo para as leituras a Constituição do Império e a história do Brasil. (REILY, 2003, p.91).        

Portanto, é necessário notar que no artigo 6º, está bem definido o que seria preferido ensinar quanto à moral cristã: "leituras da Constituição do Império e a história do Brasil". Ademais, a lei ainda calava sobre quem deveria ensinar, se o clero ou alguém do povo.

Em 19 de abril de 1879, foi aprovado o Decreto A-247, de autoria do liberal Carlos Leôncio de Carvalho. De mentalidade modernizadora, Carvalho entendia que a educação não poderia ter orientação e pressupostos religiosos, pois o Estado deveria ser laico. Postulava portanto a reorganização do sistema escolar do império, abrindo a criação de colégios de ensino secundário para ministrar formação em literatura, línguas antigas e modernas, sendo estendida às meninas. Essa educação não poderia sofrer influência da Igreja Católica, pois os liberais entendiam que o ensino no Brasil estava atrasado porque não entraram nas escolas a dinâmica do iluminismo. Ademais, uma reforma educacional nesta perspectiva havia sido fomentada e proposta por Couto Ferraz em 1849, na província do Rio de Janeiro, com o auxílio de Euzébio de Queirós. Entretanto, essa reforma foi produzida de forma limitada no Rio em 1854.

Mauro Ferreira


Quem sou eu



Mauro Ferreira  é teologo e filosofo (Universidade Mackenzie), mestre em Cências da Religião (Universidade Mackenzie), Especialista em filosofia e historia (Universidade Metodista) e doutorando em educação. Educador, religioso e político. Foi suplente de Deputado Estadual por São Paulo pelo PDT-Partido Democratico Trabalhista. 

História:

Mauro Ferreira foi líder estudantil entre 89 e 90 integrante da UJS. Em 1991 começou o curso de Direito na Universidade São Judas na Mooca e depois tranferiu-se para a UNIB- Universidade do Ibirapuera. Nesta, lutou contra o aumento abusivo das mensalidades e em seguida foi fundador do primeiro centro acadêmico daquela Universidade no curso de Direito.

Participou e coordenou ativamente o movimento estudantil (UEE, UMES e UNE). 

Foi presidente da Sociedade Amigos de Bairro Vila Conceição em Diadema entre 90 e 94. Nesta época lutou junto com a comissão de transportes na conclusão da obra do corredor da EMTU/Trolébus Piraporinha-Jabaquara. Junto com o movimento de defesa da saude coordenou a reabertura do Hospital público de Diadema-Piraporinha e o reinício das obras do Hospital Estadual do Serraria.

Mobilizou, coordenou e coletou milhares de assinaturas pela vinda da FATEC em Diadema e tambem pela Universidade Federal do ABC. 

Tem vasta experiência em políticas públicas e militância política. Além das atividades acadêmicas educacionais, religiosas e políticas, é Funcionário Técnico de Transportes e Logística de carreira da SMT (SPtrans) desde de 1990, na qual participou da fundação do Sindicato da categoria. Ainda como funcionario, participou direta e indiretamente em importantes projetos como: "bilhete único", "vai e volta", “Atende”, Ônibus Biblioteca e criação linhas por micro ônibus que beneficiaram mais de 10 milhões de usuários de transportes públicos.

Em 1994 quando fazia parte do Plenário das Sociedades Amigos de Bairro do Estado de São Paulo, fundou o “Movimento de Defesa do Metrô do ABC”. Tal movimento, resultou no importante projeto aprovado em vias de consolidação.

Em 1994 com várias lideranças religiosas ajudou a criar o "Movimento Fé e Politica" e o "MEP- Movimento Evangélico Progressista - SP".

De 1998 a 2005 ocorre um hiato de intensa atividade politica e se dedica ao Curso de Telogia no Seminario Presbiteriano JMC/SP e no Mackenzie bem como à Igreja Presbiteriana. Bacharelou em Teologia e Filosofia pela Universidade Mackenzie com varios cursos de extensão e pós graduação nestas áreas. Em 2008 obtém o Título de Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie com nota 9,5 com distinção, tendo como orientador o Dr. João Batista Borges Pereira professor emerito da USP e ex diretor daquela instituição. Ver currículo lattes do CNPQ em: lattes.cnpq.br/6652104071439857

Mauro Ferreira atualmente é ministro da palavra na Igreja Presbiteriana e participa de entidades filantrópicas e de ONGs de defesa do meio ambiente.